segunda-feira, 12 de março de 2012

O TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL DO SÉCULO XIX

A economia brasileira voltou a se estabilizar em meados do séc. XIX, com o cultivo do café, muito bem adaptado às condições climáticas da região Sudeste, especialmente no interior de São Paulo. Nas fazendas de café o trabalho escravo também foi o motor da economia. Porém o mundo tinha se transformado, e essas mudanças afetaram diretamente o sistema produtivo brasileiros.
          Nessa mesma época, a Inglaterra estava se expandindo territorialmente, estabelecendo colônis na África. Os interesses econômicos ingleses eram afetados pleo tráfico negrereiro português, uma vez que retirava a mão-de-obra local para empregá-la no Brasil. Inicia-se, assim, uma campanha internacional contra a manutenção do trabalho escravo. Em 1845, a Inglaterra obtêm uma significativa vitória política, pois aprova um tratado internacional (Tratado do Bill Aberdeen) autorizando o confisco de navios negreiros, estabelecendo multas aos donos das embarcações, libertação dos escravos transportados e prisão de toda a tripulação desses navios.
         Apesar desse tratado e de toda a pressão internacional, o Brasil continuou trazendo escravos de forma clandestina, até 1850, quando foi decretado a Lei Eusébio de Queiroz, proibindo a entrada de escravos no Brasil. Assim, a partir de meados do século XIX, fazendeiros não podiam mais reabastecer suas lavouras com a imigração forçada de africanos.
         O crescimento da cultura do café, e as consquentes crises que afetavam a produção açucareira, levou muitos fazendeiros nordestinos a venderem seu escravos para os cafeeicultores. Assim, milhares de escravos foram transferidos das lavouras de cana-de-açucar para as de café.
         No Nordeste, a saída de escravos em grande quantdade fez surgir um novo tipo de trabalhador, chamado popularmente de meeiros – eram camponeses que trabalhavam nas grandes fazendas em troca de parte da colheita realizada. Assim, o Nordeste foi no Nordeste que a escravidão foi primeiramente extinta.
         Mesmo com a compra de escravos nordestinos, a falta de mão-de-obra continuava a ser um grave problema, que exigia uma solução. Para os fazendeiros, a saída foi incentivar a imigração de europeus livres que trabalhariam nas fazendas de café... mas esse tema vamos discutir posteriormente...

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