sábado, 26 de maio de 2007

Questões sobre a Revolução Industrial

1. "A criação de um proletariado despossuído, (...) cultivadores vítimas de expropriações violentas repetidas, foi necessariamente mais rápida que sua absorção pelas nascentes manufaturas. (...) Forma-se uma massa de mendigos, ladrões e vagabundos. Desde o final do século XV e durante todo o século XVI na Europa Ocidental foi criada uma legislação sanguinária contra o ócio. Os pais da atual classe operária foram castigados por terem sido reduzidos à situação de vagabundos e pobres. A legislação os tratava como criminosos voluntários; ela pressupunha que dependia de seu livre arbítrio continuar a trabalhar como antes."
MARX, Karl. O Capital. Paris, Garnier-Flamarion, 1969.

As transformações econômicas e sociais costumam gerar profundas alterações no chamado "mundo do trabalho". A situação apontada por Marx refere-se ao processo histórico

a) Das revoltas operárias, como o ludismo, voltadas à destruição das máquinas e à exploração por elas causada.
b) Do cercamento dos campos (quando a Inglaterra substitui a produção de alimentos pela criação de ovelhas), com o deslocamento de um grande contingente de despossuídos da sua área rural de origem.
c) Da Revolução Industrial, quando os criminosos eram expulsos das fábricas e proibidos de trabalhar em outra ocupação, pela legislação vigente.

2."Na Idade Média, o sistema de produção baseava--se na cooperação."

Dentre as características desse sistema de produção, o artesanato, destaca-se:

a) Nesse período, não havia separação entre o capital e o trabalho, pois o artesão era o dono das suas ferramentas, determinava o ritmo e forma da produção e era dono do produto final.
b) Na Alta Idade Média, a produção destinava-se a um mercado em constante expansão por causa da conquista do continente americano.
c) Para aumentar a produção, nesse período aparece a divisão social do trabalho, na qual cada artesão fazia apenas uma pequena parte do trabalho total.

3. A Revolução Industrial, que transformou profundamente a ordem econômica mundial, teve origem na Inglaterra, relacionada com:

a) O fim da hegemonia marítima inglesa.
b) O uso do vapor como energia nas fábricas.
c) O fortalecimento do movimento socialista.

4. Qual das invenções técnicas abaixo não faz parte da Primeira Revolução Industrial:

a) Tear mecânico de Cartwright;
b) Máquina a vapor de James Watt.
c) Motor a explosão de Daimler-Benz;

5. A Primeira Revolução Industrial, iniciada em fins do século XVIII (1750), provocou várias transformações na sociedade européia, tais como:

a) Surgimento do operariado – fortalecimento do controle político das metrópoles sobre suas colônias
b) Difusão dos princípios revolucionários liberais – melhoria das condições de vida e trabalho no meio urbano
c) Transferência do centro econômico das áreas rurais para as urbanas – Surgimento do operariado.

6. Um fator decisivo para o desenvolvimento da Revolução Industrial na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII (1750), foi:

a) A união da nobreza e burguesia inglesa para promover a expansão territorial inglesa na Europa.
b) A crescente expansão comercial inglesa no mundo, que possibilitou um grande acúmulo capital nas mãos da burguesia inglesa.
c) O incentivo à inovação tecnológica como resultado da ação dos ludistas que destruíram as máquinas consideradas obsoletas.

7. "Na Idade Moderna, até por volta de 1760, a manufatura foi característica do sistema de produção. A partir de 1760, aproximadamente, inicia-se a era da grande indústria." - Carlos Guilherme Mota

Dentre as características dos dois sistemas de produção citados no texto, respectivamente, destacamos:
a) Até 1760, já se observa uma divisão social do trabalho preliminar; Após 1760, o uso da máquina leva ao extremo a separação entre o capital e o trabalho.
b) Até 1760, o controle da produção ainda é feita pela nobreza, após 1760, a produção é controlada pela burguesia.
c) Durante a primeira fase da Revolução Industrial surgem as associações de comerciantes, Trade Unions; na segunda fase, temos os artesão se transformam em operários.

8. Após 1850, o desenvolvimento industrial deu um grande salto tecnológico, com o uso do petróleo e da eletricidade como fontes de energia. Sobre esse período está ERRADO afirmar que:

a) Houve o crescimento das cidades, algumas chegando a se tornar grandes metrópoles como Londres e Paris.
b) O Estado passou a controlar todo processo produtivo, nos países industrializados.
c) O crescimento do comércio e a produção em grande escala, fez surgir na atualidade uma sociedade consumista.

9. A Segunda Revolução Industrial ocorrida no século XIX, a partir de 1850, pode ser caracterizada pelo grande desenvolvimento em três aspectos apontados corretamente na alternativa:

a) Indústria têxtil - Energia a vapor - Metalurgia.
b) Mecanização da agricultura - Transportes - Metalurgia
c) Indústria química - Siderurgia - Eletricidade

10. Foi na Inglaterra que surgiram as primeiras grandes manufaturas, monopolizando o comércio internacional, durante décadas. Também foi o primeiro país a entrar na Era Industrial. Sobre o pioneirismo tecnológico inglês, podemos afirmar:

I. Foi possível porque a Inglaterra tinha grandes reservas de carvão e ferro em seu subsolo.
II. Havia uma grande quantidade de desempregados nas cidades inglesas, que se transformaram em mão-de-obra barata nas indústrias e minas do país.
III. A nobreza inglesa investiu durante décadas na industrialização do país, pois pretendia acabar com os privilégios políticos e econômico que a burguesia havia conquistado durante a Revolução Inglesa de 1640.

Estão corretas:

a) I e II
b) I e III
c)I e III

11. Ao longo da evolução tecnológica da humanidade, as condições de trabalho e as relações entre operários e patrões sofreram inúmeras transformações. É errado dizer sobre essas condições de trabalho:

a) Na Idade Média, o artesão conhecia todas as etapas do processo produtivo, sendo ele próprio responsável pela compra da matéria-prima, fabricação do produto e sua venda.
b) Na Inglaterra, até o início do século XIX, o trabalho infantil era comum, pois além de receberem salários menores e trabalharem mais de 15 horas diariamente, as crianças quase nunca reclamavam das condições de trabalho.
c) Na atualidade, as conquistas obtidas pelos movimentos sociais acabou com a exploração do trabalho infantil e com os trabalhos realizados em condições desumanas.

12. A chamada Revolução Industrial foi um processo iniciado na Inglaterra que provocou transformações sociais e tecnológicas. Sobre a Revolução Industrial Inglesa, indique o que está ERRADO:

a) Substituiu a energia humana pela força motriz, o artesanato pela produção fabril.
b) Marcou a definitiva separação entre capital e trabalho, entre burguesia e proletariado.
c) Caracterizou-se por uma sensível melhoria nas condições de vida dos trabalhadores em termos de oportunidades e salários.

13. O início da Era Industrial ficou conhecido como a fase do Capitalismo Selvagem, pois:

a) Ao lado da riqueza da burguesia e do progresso industrial, estava a miséria da maioria da população, o proletariado.
b) As máquinas nessa época, por serem muito rudimentares, vivam quebrando, provocando grandes prejuízos aos capitalistas.
c) Grandes áreas de florestas e bosques foram totalmente destruídos para fornecerem madeira e carvão para as indústrias.

14. Com a Revolução Industrial surgiu na Europa um conjunto de transformações sociais e econômicas. Sobre este período é FALSO afirmar:

a) Com a revolução aconteceu um grande crescimento urbano, com cidades como Londres, possuindo um grande número de habitantes.
b) Um dos grandes fatores do pioneirismo inglês recaiu no fato da Inglaterra ter sido a que mais acumulou capital durante a Idade Moderna.
c) A Revolução Industrial, apesar de trazer grande desenvolvimento econômico, não colaborou para a ascensão da Inglaterra à condição de grande potência mundial.

15. Sobre a Revolução Industrial a alternativa FALSA é:

a) Provocou uma crescente urbanização.
b) Teve início com o mercantilismo, responsável pela conquista européia sobre a África, Ásia e América.
c) Desenvolveu-se a produção em massa, como também uma grande divisão do trabalho.

16. Principalmente a partir da Segunda Fase da Revolução Industrial, 1850, houve um intenso processo de urbanização na Europa. Sobre esse processo de urbanização podemos afirmar que:

I. Nos grandes centros urbanos surgiram favelas, que tinham uma infra-estrutura precária, e eram conhecidas como áreas muito violentas das cidades.
II. A redistribuição de riquezas, graças aos avanços tecnológicos, fez desaparecer os problemas sociais, nas grandes metrópoles.
III. A utilização de novas fontes de energia como a eletricidade, permitiu melhorias na infra-esturtura de muitas cidades, como a implantação da iluminação pública (das ruas), e a instalação de bondes elétricos.

Estão corretas:

a) I e II.
b) I e III
c) II e III

17. O início do séc. XIX, foi marcado pela ocorrência de vários movimentos sociais. Sobre esses movimentos podemos afirmar:

a) O Ludismo foi o nome dado a uma série de revoltas de operários ingleses que invadiam, destruíam e incendiavam fábricas, em protesto contra as péssimas condições de vida e trabalho à quais estavam submetidos.
b) Trade Unions eram manifestações políticas de ricos burgueses que exigiam do governo inglês o estabelecimento de monopólios sobre produtos industrializados produzidos pela Inglaterra.
c) Cartismo eram manifestações organizadas pelos operários americanos a favor da eleição de James Carter (Jimmy Carter) para o cargo de presidente dos EUA.

18. Acerca da Revolução Industrial, é FALSO afirmar:

a) Iniciou na Inglaterra no final do século XVIII, e no seguinte, espalhou-se por outros países de Europa continental, EUA e Japão
b) Não alterou as relações sociais da época já que a produção restringiu-se apenas aos pequenos centros urbanos que existiam.
c) Os avanços tecnológicos e a produção mecanizada foram decisivos para o processo de enriquecimento dos países industrializados.

19. Relacione as colunas e indique a alternativa CORRETA:

1. Liberalismo
2. Comunismo
3. Anarquismo
4. Capitalismo
5. Imperialismo


( ) Conjunto de doutrinas que defende a organização de uma sociedade sem nenhuma forma de autoridade imposta, como o Estado a Família ou a Igreja. Pois essas autoridades impedem os indivíduos de usufruir liberdade plena".
( ) "Dominação de um país sobre outros, através da conquista territorial, ou pelo controle de suas economias, ou ainda pela influência em seus sistemas políticos".

A alternativa correta é:

a) 3 - 4
b) 3 - 5
c) 2 - 4


20. Não há uma doutrina específica que defenda o Capitalismo, pois esse sistema político-econômico foi sendo construído ao longo do tempo, a partir da adaptação da sociedade às novas condições políticas e sociais do mundo Moderno e Contemporâneo. Mesmo assim, o pensamento de alguns cientistas sociais e filósofos influenciaram as decisões de capitalistas e governantes.

Abaixo estão colunas que tratam do pensamento de alguns desses pensadores. Relacione-as:

  1. Adam Smith.
  2. David Ricardo.
  3. Thomas Malthus.

( ) Acreditava que o rápido crescimento populacional poderia provocar graves problemas sociais, pois a população mundial crescia tão rapidamente que a produção agrícola seria incapaz de alimentar a humanidade.
( ) Definiu a diferença entre preço e valor das mercadorias. O valor passou a ser visto como o capital que deveria ser investido na produção de uma mercadoria.
( ) Acreditava no individualismo e dizia que cada cidadão buscando fazer o melhor para si, acabava beneficiando toda a sociedade.
( ) Defendia a idéia de que o Estado não deveria intervir na economia, pois apenas a livre-concorrência seria capaz de definir os melhores preços e condições de compra e venda dos produtos.
( ) Afirmava que para ter lucro o capitalista deveria pagar um salário mínimo aos seus operários.
( ) Dizia que a miséria e a fome era resultado do crescimento populacional das camadas mais pobres da sociedade, por isso o Estado não deveria ter ações de assistência aos pobres, evitando que a população aumentasse ainda mais.

A seqüência correta é:

a) 3 – 2 – 1 – 1 – 2 – 3
b) 3 – 1 – 2 – 3 – 1 – 2
c) 3 – 2 – 1 – 3 – 1 – 3



Veja mais sobre esse tema em:

Fases da Revolução Industrial

Sociedade Industrial


domingo, 20 de maio de 2007

A Era Industrial

A evolução tecnológica da humanidade

A revolução industrial que teve seu início por volta de 1750 com o surgimento das máquinas a vapor, na Inglaterra, foi mais uma etapa da evolução tecnológica da humanidade.

Podemos dividir essa evolução tecnológica em três etapas:

· A primeira fase foi a do artesanato, na qual cada artesão era dono de suas ferramentas, controlava o ritmo da produção e determinava o valor final de cada produto.

· A Segunda fase acontece no final da Idade Média, quando surgiram as primeiras manufaturas. Agora os capitalistas controlavam o processo produtivo, eram os donos das fábricas, determinavam o ritmo da produção e o valor final das mercadorias. Aos trabalhadores cabia apenas o recebimento de um salário mensal.

· A partir de meados do séc XVIII, a história da humanidade entra na Terceira fase, a Era Industrial.

Fases da Revolução Industrial

A partir de 1750 a Inglaterra cria a máquina a vapor e dá um grande salto no desenvolvimento tecnológico (Primeira Fase da Revolução Industrial).

Quatro fatores determinaram o pioneirismo inglês:

Seu subsolo possuía grandes reservas de carvão mineral – o carvão era a principal fonte de energia das novas fábricas.

Havia ainda as grandes reservas de minério de ferro, material usado na construção das máquinas.

Uma grande quantidade de desempregados vivendo nas cidades inglesas, podiam ser usados como mão-de-obra barata;

E por fim a burguesia inglesa havia acumulado muito capital, podendo investi-lo na construção de grandes fábricas.

A Revolução Industrial tornou a Inglaterra a maior potência econômica do séc. XVIII. Porém a riqueza estava concentrada nas mãos de uma minoria, a burguesia, que ostentava uma vida de luxo e mordomias.

A maioria do povo inglês ao contrário era miserável. Recebia salários irrisórios, e mesmo crianças eram empregadas nas mais diversas atividades sendo submetidas a longas jornadas de trabalho que duravam em média 15 horas diárias.Os capitalistas preferiam contratar mulheres e crianças, pois seus salários eram mais baixos do que os salários de homens adultos.

Apesar de toda injustiça social, a Primeira Fase da Revolução Industrial foi marcada por descobertas e invenções extraordinárias como do trem e o navio a vapor.

Por volta de 1850, o mundo passa a viver a Segunda fase da Revolução Industrial, caracterizada pelo uso de novas fontes de energia como o petróleo e a eletricidade. As máquinas se tornam cada vez mais automatizadas e o nível de consumo das pessoas mais pobres também aumentam.

A partir de meados do século XX, a humanidade entrou (segundo alguns pesquisadores), na Terceira Fase da Revolução Industrial. Esse período que se estende até os dias atuais sendo marcado pelo uso de computadores e o desenvolvimento da robótica. Também foi no séc. XX, que o movimento sociais se fortaleceram garantindo aos trabalhadores a conquista de inúmeros direitos sociais.

Embora o nível de vida das populações venham melhorando progressivamente, a industrialização mundial foi incapaz de acabar com antigos problemas sociais como: a fome, a miséria, os preconceitos. Além disso, a exploração irracional e desenfreada dos recursos naturais em nome da satisfação pessoal e do consumo, tem posto em perigo a própria vida na Terra.

Assim, é importante que paremos para refletir sobre as conquistas alcançadas pela humanidade, e os desafios para o futuro próximo.

A Sociedade Industrial

A Revolução industrial não foi apenas um avanço tecnológico. A invenção das máquinas a vapor modificou também as relações de trabalho e os valores morais e éticos, que até o século XVIII orientaram o convívio social.

O primeiro impacto que a maquinofatura provocou foi a transformação do artesão em operário. Como artesão o trabalhador conhecia todas as etapas do processo produtivo, determinava o ritmo do seu trabalho e o valor do seu produto.

Como operário o trabalhador recebe apenas pelas horas que trabalha, não conhece todas as etapas do processo produtivo (é alienado, segundo Marx), o ritmo de sua produção é definido pelo dono da fábrica, assim como o valor do produto final. Por fim, os salários dos operários são muito inferiores aos valores dos produtos que ele fabrica, e esses lucros, ficam sempre nas mãos dos capitalistas. Para Marx essa apropriação do lucro por parte dos capitalistas é chamada de mais-valia.

O segundo impacto que a industrialização provocou foi de caráter social: a pobreza. Mesmo com o crescimento do consumo, as indústrias nunca conseguiram empregar uma quantidade de trabalhadores suficiente para acabar com o desemprego. Por isso, desde o séc. XVIII, a miséria e a fome são os problemas mais graves e freqüentes nas grandes cidades.

Nos séculos XVIII e XIX, as condições de vida e trabalho dos operários eram muito precárias. Cidades como Londres chegavam a ter cerca de 4 milhões de habitantes, sendo a grande maioria miserável vivendo em condições sub-humanas. Ao redor das áreas industriais dessas cidades, surgiram favelas, sem saneamento básico, ruas calçadas ou infra-estrutura social. Tal como nas favelas da atualidade, nesses bairros pobres imperava a violência.

Oprimidos e explorados, no início do séc. XIX, os operários começaram a se organizar em movimentos de revolta contra a industrialização – invadiam as fábricas, destruíam as máquinas e muitas vezes incendiavam os prédios. Como algumas dessas revoltas foram lideradas por um trabalhador chamado Ned Ludd, esses movimentos passaram a ser conhecidos como LUDISMO.

A repressão ao ludismo foi violenta, mas com medo da força dos trabalhadores os capitalistas tomaram as primeiras medidas em favor do proletariado - deixaram de reduzir excessivamente os salários.

Percebendo a força que tinham ao se unirem, no séc. XX os operários começaram a formar associações chamadas de Trade Unions que foram os primeiros sindicatos.

Organizados, os operários começaram a se fortalecer e passaram a fazer greves exigindo melhores condições de vida e trabalho. Foram inúmeras as vitórias obtidas: diminuição da jornada de trabalho; proibição do trabalho infantil, aumento dos salários, entre outras.

A partir de 1830, os operários começaram também a exigir o direito de voto dos homens, esse movimento em favor dos direitos políticos foi conhecido como Cartista. Embora o movimento fosse se fortalecendo, apenas em 1867, o voto foi estendido a todos os homens, independente da sua riqueza.

As Novas Doutrinas Sociais

A luta dos operários inspirou vários cientistas sociais, filósofos e economistas que tentaram explicar a sociedade industrial que estava surgindo. Os principais pensadores sociais e suas teorias acabaram sendo agrupados em basicamente cinco doutrinas sociais:

O Socialismo Utópico

Essa doutrina pretendia criar uma sociedade igualitária, ou pelo menos mais justa e harmoniosa. Alguns dos pensadores que defendiam o Socialismo Utópico foram Saint-Simon, Pierre-Joseph Proudhon e Robert Owen.

Owen era um empresário rico, e criou uma fábrica modelo com jornada de trabalho de 10 horas, construiu creches e enfermarias para os operários, entre outras melhorias nas condições de trabalho. Porém Owen gastou tanto com seus projetos sociais que fico descapitalizado e incapaz de enfrentar a concorrência da época, acabando por ir à falência.

Socialismo Científico

Proposto por Karl Marx e Engels essa doutrina queria o fim da propriedade privada, pregava que os operários deveriam tomar o poder através de uma revolução e aos poucos construir uma nova sociedade, na qual as terras e as fábricas pertenceriam a todos. Acreditavam que o Estado deveria planejar o crescimento e a distribuição de riquezas, a fim de acabar definitivamente com a miséria.

Os pensamentos de Marx inspiraram a Revolução Russa de 1917.

O Anarquismo

Era contrário à existência da propriedade privada e do Estado, os anarquistas acreditavam que os homens conscientemente poderiam conviver em harmonia. Alguns anarquistas eram contrários a qualquer manifestação de poder como o Estado, a Igreja e até mesmo a família. Outros só aceitavam a organização dos trabalhadores em sindicatos, e outros defendiam ainda uma sociedade agrária igualitária. Os maiores defensores do anarquismo foram Bakunin e Proudhon

O Socialismo Cristão

Foi um pensamento defendido por membros da Igreja Católica, que acreditavam que capitalistas e operários deveriam chegar a acordos que favorecessem os interesses dos dois grupos. Para alcançar essa harmonia, defendiam a intervenção do Estado e a criação de uma legislação trabalhista.

O Capitalismo

O Capitalismo acabou prevalecendo sobre as demais doutrinas. Ele defende a propriedade privada, a busca por lucro, o individualismo, e a economia baseada no mercado, ou seja, no valor de troca que cada produto possui, inclusive a força de trabalho.

Nos séc. XVIII e XIX alguns pensadores se destacaram por defender o capitalismo:

Adam Smith

Defendia a livre concorrência e o individualismo, afirmando que ao buscar o melhor para si, cada um estaria promovendo o bem de todos. Por isso, o Estado deveria intervir o mínimo possível na sociedade.

Thomas Malthus

Acreditava que os problemas sociais eram causados pelo grande crescimento populacional. Como a maioria da população era pobre, e as famílias carentes tinham muitos filhos, eram os trabalhadores os culpados pela sua própria miséria. A única forma de conter o crescimento populacional eram as epidemias, guerras e desastres naturais como os terremotos, que matavam milhares de pessoas em um curto espaço de tempo.

Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda, ou ações governamentais para diminuir os problemas sociais como a fome e as doenças, pois isso levaria ao crescimento ainda mais rápido da população.

David Ricardo

Foi um economista muito respeitado, afirmava que valor era diferente de riqueza. O valor era a quantidade de tempo trabalhado para produzir uma mercadoria. Assim o tempo deveria ser curto, e o salário pago ao trabalhador deveria ser o mínimo possível, para garantir o lucro sobre o produto. Dessa maneira o pensamento de Ricardo justificava as desigualdades sociais.

A sociedade capitalista da atualidade continua se sustentando nos princípios lançados nos séc. XVIII e XIX, ou seja, o individualismo, a busca pelo lucro, o respeito à propriedade privada. Mas os graves problemas causados pelas diferenças sociais, e a luta dos trabalhadores pela construção de uma sociedade mais justa, levou o Capitalismo a se adaptar às necessidades do mundo Contemporâneo. O Estado na atualidade tem o papel primordial de garantir a todos os cidadãos direitos iguais à vida, à segurança e à busca da felicidade pessoal, mas todos têm a consciência de que esses ideais só serão alcançados em uma nova sociedade mais espiritualizada e menos consumista.

As aulas desse assunto estão em:

Fases da Revolução Industrial

Sociedade Industrial

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Revolução Industrial


É impossível pensar na atualidade sem o conforto e a praticidade que a Revolução Industrial nos possibilitou!! Viver em uma cidade sem carro, telefone, computador, som, TV, avião, eletricidade, nem pensar!!!!
Tudo que está ao nosso redor hoje é fruto dos avanços tecnológicos da humanidade!!! Mesmo assim, em pleno século XXI, milhares de pessoas pelo mundo afora, vivem sem muitas dessas invenções, aliás "vivem" até sem comida sufuciente!!!! Quantos agricultores estão agora mesmo no interior do Brasil, sem uma simples geladeira para guardar seus alimentos? Quantas milhares de pessoas nunca utilizaram um computador, nem têm acesso a tantas outras novidades tecnológicas....
Pois é... a industrialização transformou o mundo, mas não alcançou todas as pessoas, mesmo assim influencia suas vidas, enchendo de sonhos e desejos o imaginário de todos os que andam na face da Terra!!
É por ai que temos que pensar a realidade que nos cerca: uma colcha de retalhos muito mal alinhavados....

Veja mais sobre esse tema em:

Fases da Revolução Industrial
Sociedade Industrial