segunda-feira, 30 de abril de 2012

Questões sobre a Colonização e Expansão territorial americana.

1.Quais as semelhanças existentes no processo de colonização empreendido por Portugal e Inglaterra?

2. Explique uma característica presente na atual sociedade brasileira que seja consequência do processo de colonização empreendido por Portugal ou Inglaterra.

3. Como os fatores geográficos afetaram o processo de colonização inglesa na América?

4. Quais as atividades econômicas desenvolvidas pelas Treze Colônias Américas na América?

5.Quais as características das sociedades que se estabeleceram nessas colônias?

6. Quais as semelhanças e diferenças existentes entre as sociedades coloniais pertencentes à Inglaterra e a Portugal, nas Américas?

7. Os objetivos que impulsionaram a colonização inglesa e portuguesa foram os mesmo?

8. Em que consistia o comércio triangular desenvolvido pelas Treze Colônias Inglesas?

9. O Brasil também teve um comércio triangular? Por quê?

10. Quais as consequências da Guerra dos Sete Anos para as colônias inglesas na América?

11. Quais as principais características da expansão territorial dos EUA?

12. Compare o processo expansionista dos EUA e do Brasil?

13. Em que consistia o HOMESTEAD ACT?

14. Quais os tipos de propriedades rurais foram fixadas nos EUA e no Brasil, em razão de seu processo de colonização?



INTRODUÇÃO

A conquista das Américas expôs às potências européias  a conplexidade em definir e gerenciar a distribuição e a posse das terras em meio ao processo de colononização. A quem pertenciam as novas terras? A quem cabia o direito de definir a dimensão das propriedade e seus usos? Como as metrópoles iriam se beneficiar do domínio dessas novas terras?
As respostas para essas questões foram diferentes dependendo da visão administrativa que a metrópole tinha sobre suas colônias, dos interesses dos próprios colonos e mesmo da resistencias dos povos nativos à invasão européia. Basicamente podemos vislumbrar duas respostas a esse problema: uma bastante tradicional que mantinha na mãos das Coroas Européias as decisões sobre a distribuição e gerencia que as novas terras poderiam trazer, foi o caminho escolhido por Portugal. Outra alternativa, foi a criação de um sistema mais livre e mais adaptados à sociedade que se formava.
Porém compreender o conceito de propriedade que sustenta as iniciativas colonizadoras exige o conhecimento de como foi realizada a ocupação das novas terras. Para ter uma compreensão mais clara desse processo, assim, inicialmente vamos entender como foi a colonização do novo mundo, e a seguir faremos uma breve comparação entre os sistemas que se estabeleceram. Para analisar o sistema tradicional vamos observar a colonização portugurda no Brasil; para analisar as concepções mais flaxíveis sobre a propriedade, vamos observar as colônias inglesas na América.

COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA INGLESA

A conquista inglesa de territórios na América teve seu início por volta do século XVII. Conflitos políticos quanto religiosos impossibilitou a Inglaterra de lançar-se à conquista de novos territórios com a mesma eficácia e rapidez de outras potências europeias. Quando começou alcança uma estabilidade política e social, e estabelece suas primeiras colônias na América, grandes porções daquele território  já pertenciam a outra metrópoles: a América do Sul estava dividida entre Espanha e Portugal; a região oeste da América do Norte, entre Espanha e França. Restava como territórios ainda não explorados o litoral leste da América do Norte. Veja nos mapas abaixo os territórios pertencentes à Espanha, França e Inglaterra, respectivamente:









O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO


A colonização inglesa na América não foi um sucesso desde o início. O desconhecimento sobre as caracteríticas geográficas e climáticas e o confronto com nações indígenas já estabelecidas na região foram obstáculos difíceis de serem vencidos. Os primeiros povoados foram rapidamente destruídos, e só por volta de 1600, com a fundação do povoado de Jamestown é que a colonização inglesa teve êxito. Por outro lado, a extensão do litoral leste fez com que a colonização inglesa se diferenciasse internamente. Assim, a região mais ao Norte, de clima muito frio teve um desenvolvimento bastante diferente das colonias estabelecidas mais ao Sul.

As primeiras colonias surgiram na região sul do território conquistado pela inglaterra. No Sul o clima era mais quente e favoreceu o desenvolvimento de uma agricultura voltada para a exportação, os principais produtos cultivados eram o tabaco, a cana-de-açúcar, o algodão, mas também havia a produção de arroz e anil. Essa agricultura de exportação era realizada em grandes propriedades (latifundios) chamados plantations que usava como mão-de-obra o escravo africano. Havia uma grande concentração de riquezas nas mãos desses latifundiários e a propriedade da terra representava uma distinção econômica e social. Em razão dos enormes lucros que a região gerava, havia também, por parte da Coroa inglesa uma preocupação em fiscalizar suas atividades econômicas. Assim, embora contasse com relativa independência, os colonos americanos eram contorlados financeira e politicamente pelo governo metropolitano.
             Foi ainda nas primeiras décadas do século XVII que chegaram colonos para povoarem o norte das 13 colonias. Os colonos que se dirigiam para o Norte eram, principalmente, fugitivos das perseguições religiosas que ainda abalavam a Inglaterra. Mas não foram apenas ingleses que promoveram a conquista do Norte. Cidadãos de diferentes países: holandeses, franceses, espanhóis, italianos, prussianos (alemães) também migraram para essa região da América em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades de vida, esses colonos eram chamados de peregrinos.  
            As difíceis condições de vida nessas regiões obrigaram os colonos, que se estabeleceram no Norte, a buscarem atividades econômicas diferentes da agroexportação. Incialmente dedicaram-se a agricultura de subsistencia, mas rapidamente estabeleceram pequenas indústrias de manufaturas, naval e uma atividade comercial voltada para o mercado interno muito promissor. Posteriormente, essas colônias fornecerem escravos às plantations, inserindo as colonias inglesas no comércio mais lucrativo do período – o tráfico de escravos africanos. O comércio interno acrescido do tráfico de escravos consolidou o chamado Comércio Triangular que interligava dois continentes (África e América) e garantia a produção de produtos tropicais para a inglaterra conforme mostra o mapa abaixo:



A diversidade econômica do Norte favoreceu a distribuição de riquezas entre uma grande parte da população, assim como o emprego do trabalho assalariado limitou drasticamente o uso da mão-de-obra escrava. O desenvolvimento do comércio interno fez a economia das colônias do norte se tornar cada vez mais progressista, chamando a atenção das autoridades inglesas.

RELAÇÃO METRÓPOLE e COLONOS INGLESES NA AMÉRICA

            As relações entre metróple (Inglaterra) e colonias (americanas) se manteve sem grandes conflitos até meados do século XVII, quando Inglaterra e França entram em guerra em razão de disputas territoriais na Europa. Embora a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) não tenha se originado de um confronto direto entre França e Inglaterra, não tardou para que os colonos das duas nações acabassem se enfrentando nos solos americanos. Na América a Guerra dos Sete Anos tomou o formato de uma guerra pelo domínio de terras a leste das 12 colonias, que pertenciam à França. A região em disputa era visto como um importante ponto estratégico pela Inglaterra, que desejava ampliar suas possessões na América, mas também guardava significativas riquezas, como florestas de pinheiros e animais, cujas peles eram muito valorizadas na Europa, como a pele de ursos, castores e rapozas.
            A guerra foi muito custosa e demorada, fazendo com que a França e a Inglaterra mobilizasse uma grande soma em recursos humanos e financeiros para sua manutenção. No fim a França perde parte significativa de seus territórios na América, mas a Inglaterra, apesar de vencedora acaba totalemente descapitalizada. Veja no mapa abaixo a área disputada por Inglaterra e França e que passa a constituir território inglês:






Com o fim da guerra a Inglaterra necessitava refazer suas reservas de capitais, passando a cobrar uma série de impostos dos colonos ingleses, tanto das colonias do norte que tinham até aquela data vivido com considerável liberdade, quanto das colonias do sul que já estava sobrecarregada de impostos. Os novos impostos passaram a ser chamados de Leis Intoleráveis pelos colonos, que rapidamnete começaram a fazer várias manifestações populares contra suas cobranças.
Dentre os vários impostos criados nesse período, quatro se destacaram: a Lei do Açúcar, que cobrava impostos sobre o açúcar comercializado no interior das colonias americanas, esse impostos afetava os interesses dos colonos que compravam açúcar do Sul com o propósito de fabricarem rum (bebida que servia de moeda na compra de escravos africanos); a Lei do Selo, que criava um selo para todos os papéis que circulavam nas colonias; a Lei do Chá que criava um monopólio para a venda do chá nas Américas, impedindo que os colonos americanos pudessem comercializar o chá trazido da África e Ásia.
            Mesmo com as várias manifestações dos colonos contra as Leis Intoleráveis a Inglaterra não cedeu, o que provocou uma guerra entre metrópole e colonia, acabando com a indepndencia da América que se transformou nos Estados Unidos da América, em 1776.



OS ESTADOS UNIDOS E A EXPANSÃO PARA O OESTE

            Os EUA nasceram, assim, com um território bastante amplo, compreendendo as 13 colonias originais e a região conquistada pela ingalterra na Guerra dos Sete Anos, conforme o mapa abaixo.

Depois de consolidada a independencia, os EUA começaram um processo de rápida expansão de seu território para o oeste, chegando, em menos de um século, à conformação territorial que hoje possuem. Essa expansão foi chamada de “Marcha para o Oeste” ou “Conquista do Oeste”.
A Conquista do Oeste significou para o novo país a chave de seu desenvolvimento econômico, em contrapartida, representou, para os índios que habitavam a região, o extermínio de diversos povos. Os índios que viviam no Oeste americano foram brutalmente dizimados.



            A Conquista do oeste só teve êxito em razão de dois fatores: a ação do governo estadunidense em apoiar financeiramente os colonos que desejavam ocupar as novas terras; e ao forte processo de imigração européia para a América nos anos que se seguiram à independencia.

A IMIGRAÇÃO EUROPEIA E A POLÍTICA EXPANSIONISTA ESTUDINENSE

            A notícia do nascimento de um novo país nas Américas provocou uma onda migratória de eurpeus para o novo continente. Pessoas simples, camponeses, familias pobres, desempregados e mesmo aventureiros sonhavam em encontrar nas novas terras possibilidades de uma vida melhor, longe das estruturas rígidas e opressoras que existiam na Europa da época. Os imigrantes que se dirigiam para os EUA eram proveniente de muitos países: ingleses, franceses, holandeses, italianos, espanhois, escandinavos, poloneses entre outros. Essa gente em geral fugia das perseguições religiosas, ou simplesmente desejavam se tornar proprietários de suas próprias terras.
            A maioria desembarcaava no porto de Nova York, mas poucos permaneceiam na cidade, rapidamente partiam para o interior americano em comitivas de centenas de imigrantes, chamdos de pioneiros. Mas esses imigrantes não munidos apenas de coragem, o governo desejando fixá-los nas áreas recém conquistadas, vendia lotes de terras a preços muito baixos, e criava uma infraestrutura mínima para ligar as novas comunidades com os centros do leste. Em 1865, o governo americcano decreta uma lei chamada de Homestead Act (Ato da propriedade rural) que garantia a cada imigrante um lote de terra de 65 hectares de terras aráveis para todos os que permanecessem por cinco anos plantando e vivendo nessas terras. Assim, graças a altos investimentos do governo americano, a malha ferroviária uniu todo o interior dos EUA, e os novos colonos adquiriam pequenas propriedades, recebendo sementes e incentivos financeiros para seu sustento nos primeiros anos de suas vidas na América.
            Quando as novas comunidades ocuparam as regiões que na época pertenciam ao México (Texas e Novo México) o governo financiou a guerra de conquista dessas terras. Logo depois foram descobertas na região minas de ouro que tornaram essa região uma das mais atrativas para os pioneiros. Mais tarde, já em meados do século XIX, também descobriram-se poços de petróleo na região tornando essa região uma das mais ricas do território americano.
            O Oeste americanos foi assim lentamente sendo conquistado pelos piorneiros. O governo obtinha recursos para compra de territórios antes pertencentes à França, como a Louisiana, ou empreendeia guerras contra seus vizinhos como com o México que perdeu o Texas, o Novo México e a Califórnia. Em 1848, todo o território americano já havia sido conquistado, conforme mapa abaixo: