quinta-feira, 8 de novembro de 2012


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Responda às questões abaixo:

1.  Tendo em vista as políticas econômicas do Brasil e dos EUA em relação à propriedade da terra, quais as diferenças e semelhanças que podemos destacar?
R: Semelhanças: Tanto nos EUA quanto no Brasil, houve um processe de expansão territorial para o oeste, durante o século XIX, no Brasil essa expansão foi decorrente do avanço da cultura cafeeira que exigia mais terras para o estabelecimento de novas fazendas.
Diferenças: Enquanto a conquista do oeste contou com o estímulo do governo norte-americano, que financiava a venda e o estabelecimento de pequenos e médios produtores em regiões distantes, no Brasil, a política governamental visou o fortalecimento do poder dos latifundiários sobre as áreas recém ocupadas. Daí advêm a diferenças entre o homestead act que estimulava a permanência de pequenos produtores no interior americano, e a Lei da Terra, mecanismo legal brasileiro, que visava manter nas mãos do latifundiários o pode sobre as terras já demarcadas, ou ainda devolutas (sem uso).

2.  Observando as imagens das páginas 188e 190 do livro didático, como podemos caracterizar a sociedade brasileira no século XIX?
R: Resposta pessoal.

3.  Quais as comparações que podemos construir comparando a política do período Regencial e do Império?
R: Durante o preíodo regencial houve a sucessão de governantes que defendiam a descentralização política (federalismo), ou seus opositores que desejvam um governo mais centralizado. A descentralização política resultou no estabelecimento de algumas decisões muito marcantes na história do Brasil como a criação das Guarda Nacional, que fortaleceu o poder das oligarquias regionais.

4.  Quais as transformações econômicas e sociais que a cultura cafeeira implementou no Brasil?
R: O sucesso da cultura cafeeira impactou a vida dos brasileiros em todos os aspectos, economicamente impulsionou um primeiro processo de industrialização do país, provocou um significativo processo de urbanização, especialmente nas cidades do Sudeste, houve investimentos do governo e de grupos particulares na construção de equipamentos de urbanos como iluminação pública, abastecimento de água, calçamento de ruas entre outras reformas. Socialmente, surgiu uma classe média urbana, o fortalecimento do movimento abolicionista, a imigração de europeus promoveu um diálogo dos brasileiros com outras culturas, estabelecendo novos padrões de comportamento social.

5.  Por que os cafeicultores, a partir de 1870, passram a defender o fim da escravidão?
R: Desde a decretação da Lei Eusébio de Queiroz, em 1850, o aba        stecimento de mão-de-obra escrava para as regiões cafeicultoras foi gravemente afetado, levando os fazendeiros a buscarem alternativas para substituírem os escravos por trabalhadores livres. Além disso, os riscos de rebeliões de escravos vinham aumentando consideravelmente em razão de grupos humanitários que letavam pelo fim da escravidão. A vinda de imigrantes europeus para trabalharem nas lavouras de café, criou, aos poucos, novas relações de trabalho, tornando a escravidão dispensável.

6.  O que carcerizou o movimento imigratório europeu para o Brasil, no século XIX?
R: A ação do governo que financiou a vinda dos primeiros imigrantes para o Brasil. Além disso, muitos imigrantes vinham em busca de uma condição de vida melhor ao mesmo tempo em que fugiam de guerras que estavam ocorrendo na Europa.

7.  Quais as leis abolicionistas implantadas no Brasil, no século XIX?
R: Lei Eusébio de Queiroz (1850); Lei do Ventre-livre (1875); Lei do Sexagenário (1885). Releiam o que cada Lei determinava.

SOBRE A GUERRA DO PARAGUAI:

1.  Quais os motivos que levaram ao início da Guerra?
R: A busca de uma passagem direta para o Oceano Atlântico, desejada pelo Paraguai, como forma de ter mais autonomia econômica para o país.

2.  Quais os interesses do Brasil, Argentina, Uruguai e Inglaterra na guerra?
R: Impor o controle sobre o comércio realizando nas regiões de frotneira entre Brasil, Paraguai e Uruguai.

3.  Por que a Guerra do paraguai é também chamada de genocídio americano?
R: Porque quase 1/3 da população paraguaia morreu nesse conflito.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Questões de revisão sobre o processo de Independencia do Brasil



Parte I. Responda às questões:

1.      O que foi o Bloqueio Continental?
2. Como a política do Bloqueio Continental influiu na história do Brasil?
3. A vinda da familia real para o Brasil levou à quebra do Pacto Colonial, por quê?
4. “Embora Portugal fosse um grande e poderoso Império, era também colônia da Inglaterra”. Explique a frase destacada.
5. Qual a política econômica que a Inglaterra desejava manter com Portugal e suas colônias?

Parte II. Abaixosão apresentados alguns temas importantes para a economia brasileira. Leia o texto de seu livro didático, discuta com seus colegas e elabore respostas de no mínimo 5 linhas sobre cada tema:

1.      Política econômica brasileira.

“A economia brasileira sempre esteve voltada para a exportação de produtos agrícolas e sofria fortes restrições por parte do governo Português. Mas a vinda da família real portuguesa modificou o cenário, especialmente  depois da asssinatura dos Tratados comerciais de 1808 e 1810, que beneficiavam a Inglaterra”

a)      Porque os acordos econômicos de 1808 e 1810 foram assinados, se não eram vantajosos aos interesses econômicos do Império Português?
b)      Quais as consequencias da assinatura desses acordos para a economia brasileira?

2.      A Revolução Liberal do Porto

“O retorno de D. João VI demonstrava o poder dos revolucionários portugueses que conseguiram não só restabelecer Lisboa como capital do império, mas instituiu uma monarquia parlamentarista em Portugal. Por outro lado, esse mesmo movimento pretendia restaura o colonialismo para o Brasil, anulando sua condição de reino unido a Portugal e Algarves.”

a)      A Revolução  Liberal do Porto era liberal ou conservadora?
b)      Quais as consequencias dessa revolução no Brasil?

3.      A Independência do Brasil

“Em 07 de Setembro de 1822 D. Pedro I declara a Independência do Brasil. Essa proclamação, no entanto, não intempestiva, por sete meses, Portugal tentou limitar a liberdade política do Brasil e forçar o retorno de D. Pedro para a Europa. Tampouco foi uma decisão pessoal, D. Pedro contava com o apoio da elite agrária brasileira”

a)      Porque a elite agrária brasileria aceitou apoiar D. PedroI como novo rei do Brasil, ao invés de tomar o poder para si com um movimento republicano?
b)    Quais as mudanças que a proclamação da Independência provocou no Brasil?












segunda-feira, 30 de abril de 2012

Questões sobre a Colonização e Expansão territorial americana.

1.Quais as semelhanças existentes no processo de colonização empreendido por Portugal e Inglaterra?

2. Explique uma característica presente na atual sociedade brasileira que seja consequência do processo de colonização empreendido por Portugal ou Inglaterra.

3. Como os fatores geográficos afetaram o processo de colonização inglesa na América?

4. Quais as atividades econômicas desenvolvidas pelas Treze Colônias Américas na América?

5.Quais as características das sociedades que se estabeleceram nessas colônias?

6. Quais as semelhanças e diferenças existentes entre as sociedades coloniais pertencentes à Inglaterra e a Portugal, nas Américas?

7. Os objetivos que impulsionaram a colonização inglesa e portuguesa foram os mesmo?

8. Em que consistia o comércio triangular desenvolvido pelas Treze Colônias Inglesas?

9. O Brasil também teve um comércio triangular? Por quê?

10. Quais as consequências da Guerra dos Sete Anos para as colônias inglesas na América?

11. Quais as principais características da expansão territorial dos EUA?

12. Compare o processo expansionista dos EUA e do Brasil?

13. Em que consistia o HOMESTEAD ACT?

14. Quais os tipos de propriedades rurais foram fixadas nos EUA e no Brasil, em razão de seu processo de colonização?



INTRODUÇÃO

A conquista das Américas expôs às potências européias  a conplexidade em definir e gerenciar a distribuição e a posse das terras em meio ao processo de colononização. A quem pertenciam as novas terras? A quem cabia o direito de definir a dimensão das propriedade e seus usos? Como as metrópoles iriam se beneficiar do domínio dessas novas terras?
As respostas para essas questões foram diferentes dependendo da visão administrativa que a metrópole tinha sobre suas colônias, dos interesses dos próprios colonos e mesmo da resistencias dos povos nativos à invasão européia. Basicamente podemos vislumbrar duas respostas a esse problema: uma bastante tradicional que mantinha na mãos das Coroas Européias as decisões sobre a distribuição e gerencia que as novas terras poderiam trazer, foi o caminho escolhido por Portugal. Outra alternativa, foi a criação de um sistema mais livre e mais adaptados à sociedade que se formava.
Porém compreender o conceito de propriedade que sustenta as iniciativas colonizadoras exige o conhecimento de como foi realizada a ocupação das novas terras. Para ter uma compreensão mais clara desse processo, assim, inicialmente vamos entender como foi a colonização do novo mundo, e a seguir faremos uma breve comparação entre os sistemas que se estabeleceram. Para analisar o sistema tradicional vamos observar a colonização portugurda no Brasil; para analisar as concepções mais flaxíveis sobre a propriedade, vamos observar as colônias inglesas na América.

COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA INGLESA

A conquista inglesa de territórios na América teve seu início por volta do século XVII. Conflitos políticos quanto religiosos impossibilitou a Inglaterra de lançar-se à conquista de novos territórios com a mesma eficácia e rapidez de outras potências europeias. Quando começou alcança uma estabilidade política e social, e estabelece suas primeiras colônias na América, grandes porções daquele território  já pertenciam a outra metrópoles: a América do Sul estava dividida entre Espanha e Portugal; a região oeste da América do Norte, entre Espanha e França. Restava como territórios ainda não explorados o litoral leste da América do Norte. Veja nos mapas abaixo os territórios pertencentes à Espanha, França e Inglaterra, respectivamente:









O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO


A colonização inglesa na América não foi um sucesso desde o início. O desconhecimento sobre as caracteríticas geográficas e climáticas e o confronto com nações indígenas já estabelecidas na região foram obstáculos difíceis de serem vencidos. Os primeiros povoados foram rapidamente destruídos, e só por volta de 1600, com a fundação do povoado de Jamestown é que a colonização inglesa teve êxito. Por outro lado, a extensão do litoral leste fez com que a colonização inglesa se diferenciasse internamente. Assim, a região mais ao Norte, de clima muito frio teve um desenvolvimento bastante diferente das colonias estabelecidas mais ao Sul.

As primeiras colonias surgiram na região sul do território conquistado pela inglaterra. No Sul o clima era mais quente e favoreceu o desenvolvimento de uma agricultura voltada para a exportação, os principais produtos cultivados eram o tabaco, a cana-de-açúcar, o algodão, mas também havia a produção de arroz e anil. Essa agricultura de exportação era realizada em grandes propriedades (latifundios) chamados plantations que usava como mão-de-obra o escravo africano. Havia uma grande concentração de riquezas nas mãos desses latifundiários e a propriedade da terra representava uma distinção econômica e social. Em razão dos enormes lucros que a região gerava, havia também, por parte da Coroa inglesa uma preocupação em fiscalizar suas atividades econômicas. Assim, embora contasse com relativa independência, os colonos americanos eram contorlados financeira e politicamente pelo governo metropolitano.
             Foi ainda nas primeiras décadas do século XVII que chegaram colonos para povoarem o norte das 13 colonias. Os colonos que se dirigiam para o Norte eram, principalmente, fugitivos das perseguições religiosas que ainda abalavam a Inglaterra. Mas não foram apenas ingleses que promoveram a conquista do Norte. Cidadãos de diferentes países: holandeses, franceses, espanhóis, italianos, prussianos (alemães) também migraram para essa região da América em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades de vida, esses colonos eram chamados de peregrinos.  
            As difíceis condições de vida nessas regiões obrigaram os colonos, que se estabeleceram no Norte, a buscarem atividades econômicas diferentes da agroexportação. Incialmente dedicaram-se a agricultura de subsistencia, mas rapidamente estabeleceram pequenas indústrias de manufaturas, naval e uma atividade comercial voltada para o mercado interno muito promissor. Posteriormente, essas colônias fornecerem escravos às plantations, inserindo as colonias inglesas no comércio mais lucrativo do período – o tráfico de escravos africanos. O comércio interno acrescido do tráfico de escravos consolidou o chamado Comércio Triangular que interligava dois continentes (África e América) e garantia a produção de produtos tropicais para a inglaterra conforme mostra o mapa abaixo:



A diversidade econômica do Norte favoreceu a distribuição de riquezas entre uma grande parte da população, assim como o emprego do trabalho assalariado limitou drasticamente o uso da mão-de-obra escrava. O desenvolvimento do comércio interno fez a economia das colônias do norte se tornar cada vez mais progressista, chamando a atenção das autoridades inglesas.

RELAÇÃO METRÓPOLE e COLONOS INGLESES NA AMÉRICA

            As relações entre metróple (Inglaterra) e colonias (americanas) se manteve sem grandes conflitos até meados do século XVII, quando Inglaterra e França entram em guerra em razão de disputas territoriais na Europa. Embora a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) não tenha se originado de um confronto direto entre França e Inglaterra, não tardou para que os colonos das duas nações acabassem se enfrentando nos solos americanos. Na América a Guerra dos Sete Anos tomou o formato de uma guerra pelo domínio de terras a leste das 12 colonias, que pertenciam à França. A região em disputa era visto como um importante ponto estratégico pela Inglaterra, que desejava ampliar suas possessões na América, mas também guardava significativas riquezas, como florestas de pinheiros e animais, cujas peles eram muito valorizadas na Europa, como a pele de ursos, castores e rapozas.
            A guerra foi muito custosa e demorada, fazendo com que a França e a Inglaterra mobilizasse uma grande soma em recursos humanos e financeiros para sua manutenção. No fim a França perde parte significativa de seus territórios na América, mas a Inglaterra, apesar de vencedora acaba totalemente descapitalizada. Veja no mapa abaixo a área disputada por Inglaterra e França e que passa a constituir território inglês:






Com o fim da guerra a Inglaterra necessitava refazer suas reservas de capitais, passando a cobrar uma série de impostos dos colonos ingleses, tanto das colonias do norte que tinham até aquela data vivido com considerável liberdade, quanto das colonias do sul que já estava sobrecarregada de impostos. Os novos impostos passaram a ser chamados de Leis Intoleráveis pelos colonos, que rapidamnete começaram a fazer várias manifestações populares contra suas cobranças.
Dentre os vários impostos criados nesse período, quatro se destacaram: a Lei do Açúcar, que cobrava impostos sobre o açúcar comercializado no interior das colonias americanas, esse impostos afetava os interesses dos colonos que compravam açúcar do Sul com o propósito de fabricarem rum (bebida que servia de moeda na compra de escravos africanos); a Lei do Selo, que criava um selo para todos os papéis que circulavam nas colonias; a Lei do Chá que criava um monopólio para a venda do chá nas Américas, impedindo que os colonos americanos pudessem comercializar o chá trazido da África e Ásia.
            Mesmo com as várias manifestações dos colonos contra as Leis Intoleráveis a Inglaterra não cedeu, o que provocou uma guerra entre metrópole e colonia, acabando com a indepndencia da América que se transformou nos Estados Unidos da América, em 1776.



OS ESTADOS UNIDOS E A EXPANSÃO PARA O OESTE

            Os EUA nasceram, assim, com um território bastante amplo, compreendendo as 13 colonias originais e a região conquistada pela ingalterra na Guerra dos Sete Anos, conforme o mapa abaixo.

Depois de consolidada a independencia, os EUA começaram um processo de rápida expansão de seu território para o oeste, chegando, em menos de um século, à conformação territorial que hoje possuem. Essa expansão foi chamada de “Marcha para o Oeste” ou “Conquista do Oeste”.
A Conquista do Oeste significou para o novo país a chave de seu desenvolvimento econômico, em contrapartida, representou, para os índios que habitavam a região, o extermínio de diversos povos. Os índios que viviam no Oeste americano foram brutalmente dizimados.



            A Conquista do oeste só teve êxito em razão de dois fatores: a ação do governo estadunidense em apoiar financeiramente os colonos que desejavam ocupar as novas terras; e ao forte processo de imigração européia para a América nos anos que se seguiram à independencia.

A IMIGRAÇÃO EUROPEIA E A POLÍTICA EXPANSIONISTA ESTUDINENSE

            A notícia do nascimento de um novo país nas Américas provocou uma onda migratória de eurpeus para o novo continente. Pessoas simples, camponeses, familias pobres, desempregados e mesmo aventureiros sonhavam em encontrar nas novas terras possibilidades de uma vida melhor, longe das estruturas rígidas e opressoras que existiam na Europa da época. Os imigrantes que se dirigiam para os EUA eram proveniente de muitos países: ingleses, franceses, holandeses, italianos, espanhois, escandinavos, poloneses entre outros. Essa gente em geral fugia das perseguições religiosas, ou simplesmente desejavam se tornar proprietários de suas próprias terras.
            A maioria desembarcaava no porto de Nova York, mas poucos permaneceiam na cidade, rapidamente partiam para o interior americano em comitivas de centenas de imigrantes, chamdos de pioneiros. Mas esses imigrantes não munidos apenas de coragem, o governo desejando fixá-los nas áreas recém conquistadas, vendia lotes de terras a preços muito baixos, e criava uma infraestrutura mínima para ligar as novas comunidades com os centros do leste. Em 1865, o governo americcano decreta uma lei chamada de Homestead Act (Ato da propriedade rural) que garantia a cada imigrante um lote de terra de 65 hectares de terras aráveis para todos os que permanecessem por cinco anos plantando e vivendo nessas terras. Assim, graças a altos investimentos do governo americano, a malha ferroviária uniu todo o interior dos EUA, e os novos colonos adquiriam pequenas propriedades, recebendo sementes e incentivos financeiros para seu sustento nos primeiros anos de suas vidas na América.
            Quando as novas comunidades ocuparam as regiões que na época pertenciam ao México (Texas e Novo México) o governo financiou a guerra de conquista dessas terras. Logo depois foram descobertas na região minas de ouro que tornaram essa região uma das mais atrativas para os pioneiros. Mais tarde, já em meados do século XIX, também descobriram-se poços de petróleo na região tornando essa região uma das mais ricas do território americano.
            O Oeste americanos foi assim lentamente sendo conquistado pelos piorneiros. O governo obtinha recursos para compra de territórios antes pertencentes à França, como a Louisiana, ou empreendeia guerras contra seus vizinhos como com o México que perdeu o Texas, o Novo México e a Califórnia. Em 1848, todo o território americano já havia sido conquistado, conforme mapa abaixo:





segunda-feira, 12 de março de 2012

A RESISTÊNCIA DOS ESCRAVOS AFRICANOS E O PROCESSO DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.

            Mesmo sofrendo diferentes maltratos os escravos africanos desenvolveram ações de resitencia: trabalhavam pouco, outros fugiram criando os quilombos, e não foram poucos os levantes de escravos contra seus opressores. Porém, em meados do século XIX, os escravos acabaram recenbendo o apoio de pessoas influentes da sociedade brasileira.
         Intelectuais e mesmo alguns fazendeiros, perceberam que a escravidão estava com os dias contatos e passaaram a organizar uma série de manifestações políticas em favor dos escravos. Muitos organizavam grupos abolicionistas que organizavam fuga em massa de escravos para quilombos distantes dos centros econômicos. Outros compravam escravos e depois lhes davam a carta de alforria. Jornalistas denunciavam os mal-tratos que os negros sofriam sensibilizando, especialmente as populações urbanas. Mas, principalmente, alguns políticos começaram a defender o fim da escravidão no Parlamento brasileiro, como Joaquim Nabuco (1849-1910) e Rui Barbosa (1849-1923).
         As pressões públicas se tornaram tão intensas que o governo brasileiro, sem alternativa acabou elaborando uma série de Leis que lentamente acabaram promovendo a abolição da escravatura:
          A Lei do Ventre Livre, ou “Lei Rio Branco” foi assinada pela princesa Isabel em 28 de setembro de 1871. Esta lei decretava que todos os filhos de mulher escravas nascidos a partir da data seriam livres, porém o governo deveria indenizar os donos dos escravos. Caso não fosse possível o pagamento dessa idenização, as crianças deveriam trabalhar para os senhores de seus pais até completarem 21 anos.
         A Lei do Sexagenário, ou Lei “Saraiva-Cotegipe”, libertava todos os escravos com mais de 60 anos. Porém o escravo que fosse libertado, deveria trabalhar gratuitamente por mais três anos para seus senhores como forma de idenizá-lo pela perda do escravo.
         Por fim, em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que abolia definitivamente a escravidão, sem o pagamnete de nenhuma indenização nem aos fazendeiros nem aos escravos libertados.

O TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL DO SÉCULO XIX

A economia brasileira voltou a se estabilizar em meados do séc. XIX, com o cultivo do café, muito bem adaptado às condições climáticas da região Sudeste, especialmente no interior de São Paulo. Nas fazendas de café o trabalho escravo também foi o motor da economia. Porém o mundo tinha se transformado, e essas mudanças afetaram diretamente o sistema produtivo brasileiros.
          Nessa mesma época, a Inglaterra estava se expandindo territorialmente, estabelecendo colônis na África. Os interesses econômicos ingleses eram afetados pleo tráfico negrereiro português, uma vez que retirava a mão-de-obra local para empregá-la no Brasil. Inicia-se, assim, uma campanha internacional contra a manutenção do trabalho escravo. Em 1845, a Inglaterra obtêm uma significativa vitória política, pois aprova um tratado internacional (Tratado do Bill Aberdeen) autorizando o confisco de navios negreiros, estabelecendo multas aos donos das embarcações, libertação dos escravos transportados e prisão de toda a tripulação desses navios.
         Apesar desse tratado e de toda a pressão internacional, o Brasil continuou trazendo escravos de forma clandestina, até 1850, quando foi decretado a Lei Eusébio de Queiroz, proibindo a entrada de escravos no Brasil. Assim, a partir de meados do século XIX, fazendeiros não podiam mais reabastecer suas lavouras com a imigração forçada de africanos.
         O crescimento da cultura do café, e as consquentes crises que afetavam a produção açucareira, levou muitos fazendeiros nordestinos a venderem seu escravos para os cafeeicultores. Assim, milhares de escravos foram transferidos das lavouras de cana-de-açucar para as de café.
         No Nordeste, a saída de escravos em grande quantdade fez surgir um novo tipo de trabalhador, chamado popularmente de meeiros – eram camponeses que trabalhavam nas grandes fazendas em troca de parte da colheita realizada. Assim, o Nordeste foi no Nordeste que a escravidão foi primeiramente extinta.
         Mesmo com a compra de escravos nordestinos, a falta de mão-de-obra continuava a ser um grave problema, que exigia uma solução. Para os fazendeiros, a saída foi incentivar a imigração de europeus livres que trabalhariam nas fazendas de café... mas esse tema vamos discutir posteriormente...

    O TRABALHO ESCRAVO NO SÉCULO XVIII

        O trabalho escravo nas minas era tão pesado quanto na agricutura: passavam horas nos rios, peneirando a areia dos leitos dos rios em busca de ouro; outros mineravam túneis subeterraneos, construídos sem nenhuma segurança. Muitos escravos morriam soterrados, ou com doenças respiratórias. O transporte de terra e da produção do ouro também era feita pelos escravos. O escravos mineiradores sobreviviam poucos anos, em média cinco anos menos do que os escravos que trabalhavam nas fazendas.
         Havia ainda os escravos que trabalhavam nas cidades como artesãos ou comerciantes, esses possuíam alguns privilégios. Podiam ficar com parte da renda obtida com a prestação de serviços, se locomoviam livremente nas cidades, e muitos conseguiam juntar dinheiro e compravam suas cartas de alforria (um documento que garantia sua liberdade). Esses escravos eram chamdos de escravos de ganho.
         Em cem anos, a produção de ouro entrou em decadência, levando o Brasil a viver uma profunda crise econômica. Levando muitos produtores a buscarem alternativas econômicas para sobreviverem.

CARACTERÍSITCAS GERAIS DA REALIDADE BRASILEIRA NO SÉCULO XVIII

No inicio do século XVIII, a realidade brasileira vai se modificar profundamente, em razão da descoberta de ouro na área atualmente conhecida como Minas Gerais. Rapidamente o interior do Brasil foi povoado, a abundancia de ouro era tamanha que atría cada vez mais a atenção de imigrantes portugueses. O povoamento quase instantaneo da região trouxe uma série de consequencias:
Primeiro foi o agraavamento da pobreza da maioria da população brasileira, pois a descoberta de ouro provocou um aumento no preço de todos os produtos comercializados no Brasil e, especialmente na região das Minas Gerais. Assim, alimentos, roupas, móveis e escravos passaram a custar um preço exorbitante. Ao mesmo tempo, a maioria dos comerciantes queriam levar seus produtos para a região das Minas, onde estava concentrada a riqueza da colonia. Assim, o Nordeste que vivia da produção de açúcar viu sua importancia econômica diminuir cada vez mais. Da mesma forma, a criação de gado no interior nordestino também entrou em profunda crise econômica, pois passou a sofre concorrência com gado produzido no sul do país.

quinta-feira, 1 de março de 2012


  A ESCRAVIDÃO AFRICANA E AS DIFERENÇAS REGIONAIS DO BRASIL NO INÍCIO DA COLONIZAÇÃO


Apesar da escravidão (indígena e africana) estar presente em todo o território do Brasil, desde o início do período colonial, nem todas as regiões brasileiras possuíam a mesma realidade econômica e social:

Litoral nordestino:
Foi marcada pela exploração da cana-de-açúcar, praticamente todas as atividades econômicas eram realizadas por escravos, especialmente nas áreas rurais. As cidades eram pouco povoadas e distantes entre si.


Interior Nordestino:
O agreste e o sertão nordestino era ocupado pela criação de gado. Nessas regiões a mão-de-obra utilizada era de homens brancos e livres, muitos proprietários de pequenas rebanhos. O gado destinava-se tanto para a alimentação quanto para os trabalhos agrícolas como transporte da produção.
Em meados do século XVII, a cultura do algodão se espalha pelo agreste nordestino, cuja produção destinava-se ao mercado inglês. 
  
A região Sul
O Sul, atualmente, equivale ao território do litoral sudestino. A população era ainda mais pobre do que o Nordeste. A economia giranva em torno especilamente da produção da farinha de guerra (farinha de mandioca) e criação de gado, que vendiam às embarcações portuguesas que aportavam na região antes de seguirem viagem para a África.  Como era uma região muito pobre ao homens vivam em expedições para o interior do país, escravizando indígios. Assim, a administração das fazendas e as atividades comerciais era realizada na maioria das vezes por mulheres. As mulheres dessa região geralmente sabiam ler, decidiam sobra a partilha da herança e escolhiam os maridos e esposas de seus filhos e filhas.
Combate aos Botocudos (Debret, 1827)


O ESCRAVO AFRICANO NO BRASIL

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA REALIDADE BRASILEIRA NO INICIO DA COLONIZAÇÃO


A escravidão foi introduzida no Brasil para atender à demanda da mão-de-obra na  produção de cana-de-açúcar. Embora a maioria dos escravos executassem trabalhos na lavoura plantando, tratando e colhendo a cana-de-açúcar, eram também empregados na moenda da cana, da produção, empacotamento e transporte do açúcar. na imagem abaixo vemos uma representação dessas atividades agrícolas.
O fato da produção do açúcar concentrar-se no litoral nordestino (naquele período chamdao de Norte) brasileiro implicou em uma série de transformações na região: As florestas litorâneas (a Mata Atlântica) foi totalmente devastada; as tribos indígenas que habitavam a costa litorânea, foram desimadas ou tiveram que se transferir para o interior do país; as populações concentravam-se na zonas rurais, poucas eram as cidades que conseguiam impulsionar seu desenvolvimento econômico; a maioria das pessoas livres executavam trabalhos relacionados ao comércio.
A sociedade nordestina da época era rígida, ou seja, não se transformava ao longo do tempo. As mulheres quase não tinham liberdade e direitos sociais, casavam-se  cedo com maridos escolhidos por seus pais. Casamentos entre parentes eram muito comuns, pois as famílias mais ricas não desejavam dispersar suas riquezas com pessoas desconhecidas. A maioria da população era analfabeta, incluindo os ricos fazendeiros, os únicos colégios existentes na cidade pertenciam às ordens religiosas especialmente a dos jesuítas, porém poucos frequentavam essas escolas. Não haviam cursos superiores no Brasil e em geral as crianças aprendiam apenas a ler, escrever e realizar contas fundamentais.
Assim, a vida no início da colonização era muito dura. Trabalhava-se pesado e as doenças tropicais eram implacáveis. Havia muitos conflitos, ataques de índios, revoltas de escravos. A maioria da população era muito pobre e sujeitava-se às leis impostas pelos latifundiários (proprietários de grandes fazendas).

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O HOMEM COMO PROPRIEDADE: A ESCRAVIDÃO

INTRODUÇÃO
A escravidão faz parte da história da humanidade, as grandes civilizações na Antiguidade utilizavam escravos para a realização de tarefas mais difíceis ou desgastantes a exemplo dos templos e pirâmides egípcias, construídas por escravos; na Grécia, os endividados podiam se tornar escravos por um prazo de sete anos, para compensarem suas dívidas; e o Império Romano, só alcançou seu apogeu econômico em função do trabalho escravo nas lavouras; na América, os Maias usavam os escravos, obtidos em guerras contra seus inimigos em sacrifícios religiosos. Mas a escravidão também era conhecida por sociedades menores, várias tribos africanas aprisionavam e escravizavam os inimigos derrotados em guerras; A escravidão também era conhecida entre os índios brasileiros, em guerra pela conquista de territórios, os inimigos eram escravizados. Várias tribos brasileiras eram canibais, e acabavam usando seus escravos em rituais religiosos – matavam e devoravam os prisioneiros, acreditando que assim estariam tomando para si seu espírito, sua força e coragem.
Assim, na história da humanidade, as civilizações sempre acabaram entrando em contato de uma forma ou de outra com a escravidão, mas o que torna um homem um escravo? O escravo é a pessoa que perde a sua liberdade, não pode mais decidir o que fazer, para onde ir, o que comer, ou seja, o ESCRAVO deixa de ser visto como um ser humano e passa a ser visto como um OBJETO, uma PROPRIEDADE de outra pessoa.
A história do Brasil está marcada pela escravidão. Muitos homens viveram, em nosso país, como escravos - foram explorados, maltratados sem piedade, mas também lutaram para reconquistarem sua liberdade. É isso que vamos estudar.

MOTIVOS PARA O USO DE ESCRAVOS NO BRASIL.
            Em 1498, Portugal inicia seu processo de expansão territorial sobre regiões ficavam na costa africana. Inicialmente as terras conquistadas por Portugal, na costa da África serviam mais como entreposto comercial, fornecendo matérias-primas como especiarias que eram comercializadas na Europa. Em 1500, Cabral chega ao Brasil, porém aqui a inexistência de especiarias disponíveis para a venda imediata nos mercados europeus, fez com que Portugal desse início a um novo tipo de exploração diferente das feitorias que tinha criado na África - Portugal estabeleceu um sistema de colonização das terras brasileiras.
            Apesar de extenso e exuberante o Brasil só tinha como produto pronto para exploração o pau-brasil. Isso por que os índios que aqui viviam não sentiam necessidade de produzir uma agricultura comercial para sobreviverem, eram povos seminômades, viviam principalmente da caça e da pesca, as lavouras que mantinham em geral eram de mandioca, artigo que não despertava nenhum interesse econômico para Portugal. Porém, as terras, muito produtivas, e o clima quente favoreceu desde o início o plantio da cana-de-açúcar, especialmente na região mais ao norte.


A região mais ao norte, a partir da Bahia de Todos os Santos, com clima quente, chuvas regulares e solo muito produtivo, favoreceu o estabelecimento do cultivo da cana-de-açúcar.
As capitanias mais ao sul, a partir de ilhéus, sofriam com períodos mais longos e rigorosos de chuva, um relevo mais acidentado e o clima mais frio. Apesar da cana-de-açúcar também ter sido implantada na região, a produtividade não era satisfatória. Até o início do séc. XVIII, a região ao sul, possuía uma economia decadente, viva principalmente da criação de porcos e da produção da farinha de mandioca (na época chamada de farinha de guerra), ambas vendidas aos navios portugueses que faziam escala no Brasil, antes de seguirem viagem para o litoral africano. 


A PRODUÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR E A ESCRAVIDÃO INDÍGENA

            A principal riqueza do Brasil, durante quase todo o período Colonial foi a produção da cana-de-açúcar, porém o plantio, os cuidados com a lavoura e depois a colheita exigia muita mão-de-obra, centenas e até milhares de pessoas eram usadas para manter os canaviais que se expandiam territorialmente no Brasil. Em Portugal, não havia a quantidade de pessoas que a nova empreitada exigia, além do mais, os portugueses que vinham para o Brasil não estavam dispostos a trabalharem nas plantações, queriam utilizar a estadia na colônia para acumularem riquezas.
            Os primeiros a serem escravizados foram os índios. Inicialmente, os portugueses pensaram em aproveitar do contato já estabelecido com os índios na atividade de extração do pau-brasil. Nesse período, os índios realizavam essa extração por meio de um trabalho esporádico recompensado pelos produtos trazidos pelos lusitanos na prática do escambo. Posteriormente,os índios passaram a ser capturados em guerras dos colonos no interior do país, sendo destinados ao trabalho nos engenhos. O período de 1540 até 1570 marcou o apogeu da escravidão indígena nos engenhos brasileiros, especialmente naqueles localizados na região que atualmente abrange desde o estado de Pernambuco e até a Bahia. Porém, houve muitas resistências: os índios fugiam e frequentemente organizavam guerras contra os colonos; também havia a oposição dos jesuítas que tentavam proteger os índios catequisados em pequenas vilas chamadas de missões.
Todas essas reações dificultavam a organização da economia colonial e comprometiam os interesses comerciais da metrópole, voltados para acumulação de capital. Mas, de fato, a escravidão indígena foi suplantada no norte, apenas com a introdução do escravo africano. O tráfico negreiro, administrado pelo próprio Estado português, gerava lucros extraordinários, levando à progressiva substituição do escravo índio pelo escravo africano.
Enquanto, a partir do século XVII, nas capitanias do norte predominava a escravidão de africanos, no sul, o trabalho indígena continuava sendo amplamente empregado. Isso ocorria porque o escravo africano era muito caro e os colonos que viviam no sul não conseguiam comprá-los em grande quantidade. Assim, a escravidão indígena servia como alternativa à falta e o alto custo de uma peça trazida da África. Preferencialmente, os colonos atacavam as populações indígenas ligadas às missões jesuíticas, pois estes já se mostravam habituados aos valores da cultura ocidental.
A escravidão indígena foi oficialmente extinta no século XVIII, momento em que o marquês de Pombal estabeleceu um conjunto de transformações na administração colonial. Primeiramente, ordenou a expulsão dos jesuítas do Brasil mediante a ampla influência política e econômica que tinha dentro da colônia. Logo depois, em 1757, proibiu a escravidão indígena e transformou algumas aldeias em vilas submetidas ao poderio da Coroa.


Assista ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=X7ZjKwCiAuY