segunda-feira, 30 de abril de 2012


O INÍCIO DA COLONIZAÇÃO


A colonização inglesa na América não foi um sucesso desde o início. O desconhecimento sobre as caracteríticas geográficas e climáticas e o confronto com nações indígenas já estabelecidas na região foram obstáculos difíceis de serem vencidos. Os primeiros povoados foram rapidamente destruídos, e só por volta de 1600, com a fundação do povoado de Jamestown é que a colonização inglesa teve êxito. Por outro lado, a extensão do litoral leste fez com que a colonização inglesa se diferenciasse internamente. Assim, a região mais ao Norte, de clima muito frio teve um desenvolvimento bastante diferente das colonias estabelecidas mais ao Sul.

As primeiras colonias surgiram na região sul do território conquistado pela inglaterra. No Sul o clima era mais quente e favoreceu o desenvolvimento de uma agricultura voltada para a exportação, os principais produtos cultivados eram o tabaco, a cana-de-açúcar, o algodão, mas também havia a produção de arroz e anil. Essa agricultura de exportação era realizada em grandes propriedades (latifundios) chamados plantations que usava como mão-de-obra o escravo africano. Havia uma grande concentração de riquezas nas mãos desses latifundiários e a propriedade da terra representava uma distinção econômica e social. Em razão dos enormes lucros que a região gerava, havia também, por parte da Coroa inglesa uma preocupação em fiscalizar suas atividades econômicas. Assim, embora contasse com relativa independência, os colonos americanos eram contorlados financeira e politicamente pelo governo metropolitano.
             Foi ainda nas primeiras décadas do século XVII que chegaram colonos para povoarem o norte das 13 colonias. Os colonos que se dirigiam para o Norte eram, principalmente, fugitivos das perseguições religiosas que ainda abalavam a Inglaterra. Mas não foram apenas ingleses que promoveram a conquista do Norte. Cidadãos de diferentes países: holandeses, franceses, espanhóis, italianos, prussianos (alemães) também migraram para essa região da América em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades de vida, esses colonos eram chamados de peregrinos.  
            As difíceis condições de vida nessas regiões obrigaram os colonos, que se estabeleceram no Norte, a buscarem atividades econômicas diferentes da agroexportação. Incialmente dedicaram-se a agricultura de subsistencia, mas rapidamente estabeleceram pequenas indústrias de manufaturas, naval e uma atividade comercial voltada para o mercado interno muito promissor. Posteriormente, essas colônias fornecerem escravos às plantations, inserindo as colonias inglesas no comércio mais lucrativo do período – o tráfico de escravos africanos. O comércio interno acrescido do tráfico de escravos consolidou o chamado Comércio Triangular que interligava dois continentes (África e América) e garantia a produção de produtos tropicais para a inglaterra conforme mostra o mapa abaixo:



A diversidade econômica do Norte favoreceu a distribuição de riquezas entre uma grande parte da população, assim como o emprego do trabalho assalariado limitou drasticamente o uso da mão-de-obra escrava. O desenvolvimento do comércio interno fez a economia das colônias do norte se tornar cada vez mais progressista, chamando a atenção das autoridades inglesas.

RELAÇÃO METRÓPOLE e COLONOS INGLESES NA AMÉRICA

            As relações entre metróple (Inglaterra) e colonias (americanas) se manteve sem grandes conflitos até meados do século XVII, quando Inglaterra e França entram em guerra em razão de disputas territoriais na Europa. Embora a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) não tenha se originado de um confronto direto entre França e Inglaterra, não tardou para que os colonos das duas nações acabassem se enfrentando nos solos americanos. Na América a Guerra dos Sete Anos tomou o formato de uma guerra pelo domínio de terras a leste das 12 colonias, que pertenciam à França. A região em disputa era visto como um importante ponto estratégico pela Inglaterra, que desejava ampliar suas possessões na América, mas também guardava significativas riquezas, como florestas de pinheiros e animais, cujas peles eram muito valorizadas na Europa, como a pele de ursos, castores e rapozas.
            A guerra foi muito custosa e demorada, fazendo com que a França e a Inglaterra mobilizasse uma grande soma em recursos humanos e financeiros para sua manutenção. No fim a França perde parte significativa de seus territórios na América, mas a Inglaterra, apesar de vencedora acaba totalemente descapitalizada. Veja no mapa abaixo a área disputada por Inglaterra e França e que passa a constituir território inglês:






Com o fim da guerra a Inglaterra necessitava refazer suas reservas de capitais, passando a cobrar uma série de impostos dos colonos ingleses, tanto das colonias do norte que tinham até aquela data vivido com considerável liberdade, quanto das colonias do sul que já estava sobrecarregada de impostos. Os novos impostos passaram a ser chamados de Leis Intoleráveis pelos colonos, que rapidamnete começaram a fazer várias manifestações populares contra suas cobranças.
Dentre os vários impostos criados nesse período, quatro se destacaram: a Lei do Açúcar, que cobrava impostos sobre o açúcar comercializado no interior das colonias americanas, esse impostos afetava os interesses dos colonos que compravam açúcar do Sul com o propósito de fabricarem rum (bebida que servia de moeda na compra de escravos africanos); a Lei do Selo, que criava um selo para todos os papéis que circulavam nas colonias; a Lei do Chá que criava um monopólio para a venda do chá nas Américas, impedindo que os colonos americanos pudessem comercializar o chá trazido da África e Ásia.
            Mesmo com as várias manifestações dos colonos contra as Leis Intoleráveis a Inglaterra não cedeu, o que provocou uma guerra entre metrópole e colonia, acabando com a indepndencia da América que se transformou nos Estados Unidos da América, em 1776.


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